A alteração da glicemia é a alteração metabólica mais comum na gestação, aproximadamente 3-25% das gestantes apresentam alguma alteração na glicemia durante a gestação. O pré-natal é uma oportunidade de rastreio de diabetes na mulher.

A incidência do diabetes na gestação vêm aumento devido ao aumento da obesidade na população. Alguns fatores de risco estão associados ao diabetes mellitus gestacional:

1- Idade materna avançada;

2- Obesidade/sobrepeso;

3- Hipertensão arterial sistêmica;

4- Síndrome dos ovários policísticos;

5- História familiar de diabetes em parentes de 1º grau ;

6- Hemoglobina glicada ≥ 5,7%, entres outros.

A hiperglicemia na gestação está associada a diversos desfechos maternos e fetais desfavoráveis, como macrossomia, abortamentos, malformações, infecções urinárias, polidrâmnio, prematuridade, óbito intrauterino, hipoglicemia neonatal e risco de desenvolver diabetes no futuro

Uma glicemia entre 92 e 125 no primeiro trimestre da gestação ou um Teste Oral de tolerância a Glicose – 75g (TOTG) entre 24-28 semanas alterado, com pelo menos um dos critérios abaixo.

TOTG- 75g –

• Glicemia de jejum entre 92-125
• Glicemia com 1h ≥ 180
• Glicemia com 2h entre 153-199

Diante do diagnóstico do diabetes gestacional é importante o acompanhamento com obstetra, nutricionista e endocrinologista com o objetivo de um tratamento adequado.

Referência: Zajdenverg L, Façanha C, Dualib P, Golbert A, Moisés E, Calderon I, Mattar R, Francisco R, Negrato C, Bertoluci M. Rastreamento e diagnóstico da hiperglicemia na gestação. Diretriz Oficial da Sociedade Brasileira de Diabetes (2023). DOI: 10.29327/557753.2022-11, ISBN: 978-85-5722-906-8.

Dr Tallys Dantas – Endocrinologista

Clínica Dona Derm 84 994006443